top of page
Buscar
Foto do escritorEmzootec Júnior

Importância do conforto ambiental na cunicultura

O conforto ambiental para os coelhos é um fator preponderante em sua criação, por serem animais sensíveis as variações que ocorrem no meio. Essa sensibilidade ocorre devido a diversos fatores como sua tendência a viver em grupo, seu territorialíssimo e sua baixa resistência a luminosidade.

Quando os coelhos se encontram em situação de estresse, respondem aos efeitos adversos no corpo do animal de modo que podem acarretar disfunções na circulação sanguínea, na respiração, na digestão, na cecotrofia, no metabolismo, na reprodução e na imunidade dos animais. Nesse sentido, promover comodidade aos coelhos propicia um melhor desenvolvimento da produção, podendo aumentar o lucro do cunicultor, e protege os animais de prováveis distúrbios físicos, químicos e biológicos.


Figura - Os elementos físicos do meio ambiente que direta (fecha direta) ou indiretamente, através das interações (flecha concêntricas), influem na performance dos animais ou sobre o regime de manejo empregado. A largura das flechas indica o grau de influência.


Desse modo, para melhor propiciar o conforto ambiental para os animais alguns cuidados e equipamentos são necessários, assim, as instalações, a temperatura, a umidade, a ventilação, a tranquilidade, a quantidade de coelhos e os modos de adaptação dos coelhos devem ser analisados e tratados com atenção.

Os cuidados com as instalações é um dos fatores de grande importância para a cunicultura. Dessa forma, elas devem permitir uma ventilação adequada, fornecer luz de modo satisfatório e uma temperatura apropriada, assim, o animal realizará com maior facilidade as trocas com o meio e terá um conforto ambiental na sua instalação.

A temperatura é um dos aspectos que influenciam de maneira direta nas condições de conforto e que mais afetam as condições fisiológicas dos animais. Para que os coelhos estejam na sua zona de conforto a temperatura deve estar entre 15 e 20 °C, entretanto, oscilações são recorrentes. Podendo ocorrer uma variação máxima de 10 °C durante o dia, com mínimos de 6 a 8 °C, abaixo disso pode promover distúrbios digestivos, morte nos láparos e dos animais lactantes, e com máximos de 28 à 30 °C, acima disso pode ocasionar redução do consumo, do crescimento e acomete a reprodução. Outro aspecto preponderante é a umidade que as variações modificam a estabilidade do meio e o conforto dos animais. Para manter a comodidade dos coelhos o grau de umidade deve estar entre 60 e 70 %, não sendo superior a 85% e nem inferior a 55%. A umidade muito elevada pode ocasionar uma maior instabilidade fisiológica nos animais, já a umidade muito reduzida propicia irritações nas mucosas nasais.

Uma iluminação adequada também é de grande importância para que o ambiente seja confortável para os coelhos que são animais de hábitos noturnos. Dessa maneira, os raios solares trazem benefícios para os animais por sua ação vigorizantes e estimulantes, entretanto, deve se manter uma penumbra constante para o maior bem-estar deles. Além disso, a ventilação é um fator que influem sobre a temperatura, a umidade e disposição das chuvas. Para melhor comodidade dos animais a aeração tem que ser abundante para renovação do ar, diminuir a temperatura corporal e dissipar os microrganismos e o pó.

Ademais, a tranquilidade ambiental influi diretamente nos coelhos, por serem animais sensíveis ao meio. Situações inesperadas como ruídos altos, vozes e gritos podem levar os coelhos a situações de pânico e ansiedade, diminuindo a digestibilidade e podendo acarretar alterações fisiológicas.

A densidade populacional é outro aspecto que atua no conforto dos coelhos, pois é necessário um determinado espaço para o pleno desenvolvimento dos animais, assim, gaiolas pequenas ou superlotadas impede a expressão dos comportamentos naturais deles e aumenta o estresse.

Os coelhos detêm de meios adaptativos quanto a variação do meio, devido ao seu potencial termorregulador, a sua vasodilatação cutânea, a suas orelhas longas para a troca de gases, sua camada subcutânea, entre outras medidas. Entretanto, não toleram variações muito intensas do meio externo, sendo preciso manter estáveis as condições ambientais para o melhor conforto dos animais.



Fonte: MACHADO, L. C.; FERREIRA, W. M. Fundamentos de conforto ambiente aplicados à cunicultura. Escola de Veterinária da UFMG, MG, [2002].






58 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page